T8:ESTRUTURAS E MODELAGEM COMPUTACIONAL
INTERAÇÃO SOLO-ESTRUTURA EM UM EDIFÍCIO SOBRE FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
Juliano Nunes Barbosa da Silva
Vinicius Costa Correia
Resumo
Grande parte dos projetos estruturais são desenvolvidos com a hipótese de apoio rígido, no entanto, na realidade a estrutura está apoiada sobre um maciço de solo que sofre deformação, alterando os esforços e deslocamentos gerados na estrutura. Nesse contexto, este trabalho tem por objetivo comparar os esforços e deslocamentos gerados em um edifício com 10 pavimentos apoiado em fundações rasas, em um modelo sobre apoio rígido e outro sobre apoio flexível, além de analisar a influência de solos com diferentes resistências, a fim de verificar o solo mais sensível a alterações. A análise estrutural foi realizada no software Eberick V10, da AltoQi®. Para o cálculo dos coeficientes de mola, responsáveis por simular o comportamento do solo, foi desenvolvida uma planilha com linguagem Visual Basic (VB) pela plataforma Microsoft Excel, a fim de acelerar a obtenção dos resultados. Os resultados mostraram que a consideração da interação solo-estrutura tem influência significativa nos deslocamentos e esforços internos gerados na estrutura. As mudanças dos resultados ficaram mais evidentes nos pavimentos próximos a fundação, isto ocorre devido ao aumento da rigidez da estrutura com o aumento do número de pavimentos. Verificou-se que o solo com menor resistência e menor coeficiente de reação tende a sofrer maiores mudanças em seus resultados. Conclui-se que o desprezo da consideração da deformação do solo em um projeto estrutural pode levar a resultados longe da realidade, gerando problemas de segurança e estabilidade da estrutura.
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS PARÂMETROS DE INSTABILIDADE DA NBR 6118 (2014) E EURO-CÓDIGO 2 (2010)
Leonardo Andrade Bispo Silva
Daniel Victor da Cunha Teles
Hugo Valido Déda
David Leonardo Nascimento de Figueiredo Amorim
Resumo
Este trabalho apresenta comparações entre os parâmetros de instabilidade das normas brasileira e
europeia para edifícios de concreto armado. Uma vez que o embasamento teórico é o mesmo, os parâmetros de
ambas as normas podem ser algebricamente ajustados, sendo possível uma comparação direta. Observa-se que
o parâmetro de instabilidade da norma brasileira tem limites diferenciados de acordo com o tipo de
contraventamento adotado. Por outro lado, o valor limite do parâmetro da norma europeia apresenta
diferenciação quanto à consideração de elementos fissurados ou não. Desta forma, a comparação se dá sobre
os valores limites dos parâmetros de instabilidade das normas brasileira e europeia. Os resultados mostram que
os valores limites dos parâmetros são similares caso a estrutura seja considerada como não fissurada (Europa)
e com sistema de contraventamento de pórticos associados a pilares-parede (Brasil). Variando-se o sistema de
contraventamento, o valor limite da norma brasileira pode ser mais ou menos conservador quando comparado
ao europeu. Entretanto, se a estrutura é considerada como fissurada, o valor limite da norma europeia é
conservador para qualquer caso.